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8.9.24

Maria Felipa

Maria Felipa - A escrava liberta

Maria Felipa Oliveira foi uma figura icônica da resistência brasileira durante a independência, especialmente na Ilha de Itaparica, na Bahia.
Retrato estilizado de Maria Felipa, heroína da resistência contra os portugueses na Bahia, Brasil, durante o período da independência.
Depois de seus feitos na guerra de independência da Bahia, encerrada em 2 de julho de 1823 com a derrota e retirada dos portugueses, ela continuou vivendo na ilha até morrer em 1873, com mais de 70 anos. Por seus feitos, é considerada como uma heroína da Independência.
Como uma mulher negra, de liderança quilombola e pescadora, ela desempenhou um papel fundamental ao organizar e liderar um grupo de mulheres e homens que lutaram contra as forças portuguesas no início do século XIX. 
Maria Felipa - Na sua luta
Sua atuação se destaca por sua capacidade de mobilizar pessoas comuns, usando táticas como o incêndio de embarcações portuguesas, impedindo a invasão da ilha de Itaparica.
Ainda há muita disputa a respeito da existência de Maria Felipa. Independente disso, ela é importante do ponto de vista político porque representa a luta de mulheres negras que se organizaram de formas muito variadas - pegando em armas mas também auxiliando as tropas, passando informações - e participaram ativamente do processo de Independência.

A Praça Maria Felipa

Antigamente denominada Praça Visconde de Cairu ou Praça Cairu, é uma praça localizada no Comércio, na Cidade Baixa em Salvador, no estado da Bahia. 
Nela se encontra o Mercado Modelo, o Monumento à Cidade de Salvador e a estação inferior do Elevador Lacerda, como também o Terminal Náutico da Bahia, beirando a Baía de Todos os Santos e o Forte de São Marcelo mais ao fundo.Praça Maria Felipa - Nela se encontra o Mercado Modelo; um Monumento à Cidade de Salvador.
A Praça foi construída entre o fim do século XIX e início do século XX. O nome é em homenagem à Maria Felpa, heroína da Independência do Brasil na Bahia. No local, encontram-se também uma estátua em homenagem à heroína baiana, inaugurada em julho de 2023, em meio as comemorações do Bicentenário da Independência da Bahia.
Praça em homenagem a Maria Felipa
Maria Felipa é uma protetora da Ilha de Itaparica não apenas por seu papel nas batalhas, mas por simbolizar a resistência e o espírito de luta do povo. 
Apesar de seu legado histórico muitas vezes ser marginalizado em registros oficiais, ele continua vivo através da memória coletiva, das tradições orais e do reconhecimento popular, principalmente nas comunidades locais da Bahia.
Isso nos leva à reflexão sobre a importância das lógicas de registro de memória. 
Nem todas as histórias estão escritas em livros, documentos oficiais ou esculpidas em estátuas. Muitas vezes, essas histórias são preservadas e transmitidas oralmente, nas celebrações culturais, nas músicas, nos contos e nas práticas comunitárias.

Casa de Maria Felipa de Oliveira

A Casa de Maria Felipa é uma uma Empresa Familiar, como um dos atrativos do Projeto Curuzu, Corredor Cultural da Liberdade, localizada na Rua Curuzu, 197, Salvador, Bahia. Centro de Visitação, Estudos, Pesquisas e Empreendimentos Étnico-Culturais.
Foi fundada em 20 de fevereiro de 2004, e inaugurada em 17 de dezembro de 2005. Tem como um dos principais objetivos  resgatar a memória da heroína negra. Nesta casa está sendo implantada uma exposição com o material pesquisado sobre Maria Felipa e outras personalidades afrodescendentes que contribuíram para progresso da humanidade.
Missão - Promover a arte e a cultura como forma de educação e integração de todas as criaturas, independente de raça, credo e naturalidade.
Visão - Ser reconhecida como uma Entidade que preserva a memória afrodescendente transformando-se em um Centro de Excelência em visitação da Cidade de Salvador.
Valores - Compromisso Ético; Respeito à cultura e à tradição; Responsabilidade com asa questões sociais-culturais e ambientais; Prestação de serviço de qualidade.
Casa de Maria Felipa, Rua Curuzu, 197, Liberdade
Maria Felipa, foi uma figura importante da resistência à invasão portuguesa na Bahia durante as lutas pela independência do Brasil.
Essas formas de memória também são poderosas e têm o papel de moldar a identidade e a história de uma sociedade, tanto quanto qualquer estátua em um parque ou documento arquivado em um museu.
Reconhecer e valorizar essas formas alternativas de registro da memória histórica é essencial para uma compreensão mais completa e plural do passado, especialmente em um país como o Brasil, onde as narrativas de resistência e luta de povos indígenas, negros e outros grupos marginalizados nem sempre recebem o devido destaque nas narrativas oficiais.

O desfecho de sua história, como de muitas figuras populares e negras da história brasileira, permanece envolto em certa obscuridade. Embora sua memória tenha sido resgatada e ela seja celebrada como símbolo de resistência, a trajetória pessoal de Maria Felipa após a independência não é amplamente documentada. 
No entanto, sua contribuição é inegável e sua figura continua a inspirar a valorização do papel de mulheres negras na construção do Brasil.







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