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30.1.24

Plantas venenosas

Plantas venenosas - Como evitar 

Antes de acampar em uma nova área, tome algumas precauções; leia ou pergunte sobre as plantas venenosas locais para saber quais você deve evitar. 
Qualquer bom campista deve ser capaz de reconhecer uma taioba venenosa e uma verdadeira. 
Se você precisar testar uma planta para determinar se ela é ou não comestível, siga estes passos. Eles podem salvar sua vida!
Camping Selvagem
Ao caminhar ou explorar uma floresta, há muitas plantas que podem atrair sua atenção e parecerem comestíveis.
Em casos extremos, pode até ser essencial para sua sobrevivência comer plantas encontradas na natureza. 
Evite plantas com seivas e substâncias pegajosas, pois  podem indicar uma secreção venenosa, sendo melhor evitá-las. Não arrisque, há vários indicadores de plantas venenosas. 
Tenha-os em mente ao tentar identificar plantas comestíveis.


Alguns exemplos a serem evitados e os cuidados:

1 - Espinhos Folhas brilhantes, reluzentes, bagas brancas ou amarelas, com seiva ou óleos leitosos ou amarelados, não coma, desista!
2 - Cogumelos (alguns são comestíveis, mas a maioria não são, então se não conhece bem, não se aventure, mesmo morrendo de fome!). 
3 - Ao provar uma planta ou fruto, preste bem atenção a qualquer gosto azedo, formigamento, dormência ou ardência que você possa sentir. Se algum destes ocorrer, cuspa o pedaço imediatamente. Se não houver efeitos adversos após cinco ou dez minutos, então coma.
4 - Após decidir engolir uma planta, não continue a comer mais; de uma pausa. Espere pelo menos meia hora antes de tentar comer mais. Seu organismo pode precisar de tempo para processar antes que você possa ter certeza de que a planta não é venenosa.
5 - Observe o comportamento dos animais selvagens, “o que eles comem, pode comer sem receio”. Procure frutos grandes que estejam bicados por pássaros ou mordidos por animais.
6 - Na dúvida sobre um fruto desconhecido numa situação extrema, quando a decisão de comê-lo ou não é uma questão de sobrevivência. Na primeira hipótese, talvez o melhor conselho seja não arriscar. 
7 - Algumas raízes, podem ser ingeridas sem problema quando cozidas, mas são venenosas quando cruas. O inhame bravo, por exemplo, é venenoso cru, mas cozido não.
8 - Certas frutas que são deliciosas quando maduras se transformam em um prato indigesto se colhidas antes do tempo. O fruto da mangaba, por exemplo, quando verde é venenoso e impróprio para o consumo, causando intoxicações que podem levar à morte!. 
9 - Seguir pegadas de pequenos animais é uma boa tática. Ela podem levar até árvores e plantas frutíferas. Ao chegar perto delas e olhar para o alto, provavelmente você irá encontrar frutos mordidos por eles.
10 - Se o fruto em for cabeludo, amargo ou leitoso, nem pense em comê-lo. Porém, a existência de apenas uma ou duas dessas características não impede o consumo — o kiwi, por exemplo, tem a casca “cabeluda” e o mamão pode soltar uma espécie de leite.

As plantas

Muitas das plantas, apesar de belas, apresentam substâncias tóxicas, que podem provocar sintomas como coceira e vermelhidão na pele, caso sejam tocadas; vômito, falta de ar, aumento dos batimentos cardíacos, dentre outros. 
Em alguns casos, inclusive, podem causar a morte.
Existem plantas tóxicas que podem provocar problemas mesmo quando as tocamos; é importante conhecermos as principais encontradas em nosso país, para evitar esse problema. 
Em caso de acidentes, o ideal é que a pessoa receba assistência médica urgente, sendo a planta levada ao médico, para identificá-la corretamente.

Vamos as plantas encontradas em nosso meio:


Estramônio ou Figueira-do-inferno (Datura stramonium)

Este tipo de planta possui flores brancas em forma de trombetas, de branco para púrpura, sendo na maioria das vezes confundida com lírios. Suas folhas chegam a atingir 20 cm de comprimento. 
Seu fruto é uma cápsula espinhosa com quatro gomos, sendo cada um contendo uma semente. 
Esta planta é venenosa em todas as suas partes e ao esfregar suas folhas percebe-se um odor intenso e fétido. 
Os sintomas provocados por esta planta são boca seca, diminuição das secreções, vermelhidão e secura da pele, hipetermia, dificuldade de micção, alucinações, tonturas e câimbras.

Tinhorão (Caladium bicolor Schott)

Conhecida também como tajá, taiá e caládio, essa planta pertencente à família das Araceae são tóxicas em todas as suas partes. 
Os sintomas provocados pela ingestão e o contato desta planta causam inflamação da garganta e da boca, edema de lábios, língua e palato, sialorréia, cólicas abdominais, náuseas, vômitos e edemas nos olhos.

Comigo-Ninguém-Pode (Dieffenbachia picta Schott)

Pertencente à família Araceae, este tipo de planta possui toxidade em todas as suas partes. A ingestão e contato desta planta provocam irritação das mucosas, edema de lábios, língua e palato, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, em contato com os olhos causam lesão e irritação da córnea.

Taioba-Brava (Colocasia antiquorum)

Muito cuidado, pois ela pode confundir-se com a verdadeira. O talo é mais escuro arroxeado e as folhas de um verde bem mais escuro, e o corte superior é bem menor. Outra variedade também muito parecida, mais não tem as folhas com um risco circundante, e o corte da folha é antes do talo, não tem erro.
Ela contém oxalato de cálcio, essa substância não é venenosa, mas quando ingerida, pode ser fatal porque os cristais podem perfurar os tecidos da região do pescoço, provocando edema, o que impede a passagem do ar, matando por asfixia. 
O risco é maior para animais de estimação (cães e gatos) e crianças.

Charuto-do-Rei - (Nicotiana Glauca)

Também conhecida por couve-do-mato, falsa mostarda, mostarda da palestina ou tabaco-bravo, é uma planta tóxica que quando consumida pode causar sintomas como náusea, vômito, diarreia intensa, dificuldade para andar, paralisia nas pernas, dificuldade para respirar e parada respiratória. 
Esta planta é facilmente confundida com a couve comum e pode ser facilmente encontrada na zona rural do município de Divinópolis, o que a torna ainda mais perigosa, pois quando nova pode ser facilmente confundida com plantas comuns e inofensivas. 
Estas planta pode ser especialmente perigosa para quem vive e trabalha no campo, tendo na sua composição anabasina, uma substância altamente tóxica para o organismo. 
Na presença de algum destes sintomas é recomendado ir no hospital o mais rápido possível, pois nos casos mais graves o envenenamento com esta planta pode levar a morte. 
Para identificar esta planta mortífera é importante ficar atento ás suas características que se assemelham ás da couve, que incluem:  
1 - Quando nova é pequena, possuindo um caule e algumas folhas;
2 - Folhas verdes, grandes e largas, ligeiramente pontiagudas;
3 - Quando adulta parece um arbusto, possuindo caules longos; 
4 - Flores amarelas em forma de cone.

Hera Venenosa (Toxicodendron radicans)

Gênero de arbusto lenhoso, da família das Anacardiáceas ou família Sumac. 
Todos os membros do gênero produzem um óleo chamado urushiol que é irritante para  a pele, e que pode causar severas reações alérgicas. 
Anteriormente os membros deste gênero se incluíam dentro de outro gênero chamado  Rhus. Tem muitas frutinhas brancas e venenosas.

Aroeira (Lithraea brasilienses March) Atenção: esta espécie é tóxica

Conhecida popularmente como aroeira-de-bugre, aroeira-brava, aroeira-do-mato, aroeirinha-preta, coração-de-bugre e pau-de-bugre, é um arbusto da família das anacardiáceas. 
Possui flores branco-esverdeadas em panícula. 
O fruto é drupáceo, branco ou verde-azeitona-claro. Todas as partes da planta é tóxica: o contato ou, possivelmente, a proximidade provoca reação dérmica local (bolhas, vermelhidão e coceira), que persiste por vários dias; a ingestão pode provocar manifestações gastrointestinais.

Aroeira (Schinus terebinthifolius Raddi) Esta não é tóxica

Aroeira-mansa, aroeira-vermelha, aroeira precoce, aroeira-pimenteira, aroeira-do-sertão, nativa de várias formações vegetais do nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil. 
Muito apreciada na culinária francesa, onde é conhecida por poivre-rose (a pimenta rosa), também muito usada em banhos medicinais. 
Existe mais 4 ou 5 tipos de aroeira, mas estas são as mais comuns.

Urtiga (Fleurya aestuans)

Causa grande irritação na pele. Começa com uma vermelhidão e logo após aparecem bolhas. Cresce em áreas úmidas, possui frutinhas brancas venenosas.

Mamona (Ricinus communis)

Conhecido popularmente como Mamona, mamoneira, carrapateira, carrapato e rícino, é uma planta da família das euforbiáceas, bem como a semente dessa planta. 
O seu principal produto derivado é o óleo de mamona, também chamado óleo de rícino.
Embora seja usado na medicina popular como purgativo, este óleo possui largo emprego na indústria química devido a uma característica peculiar: possui uma hidroxila (OH) ligada na cadeia de carbono. Não existe outro óleo vegetal produzido comercialmente com esta propriedade. 
A semente é tóxica devido principalmente a uma proteína chamada ricina, que quando purificada é mortal mesmo em pequenas doses.
O óleo é de difícil digestão (provoca diarreia), mas o maior risco na ingestão da semente é a toxina ricina. 
Mais de três sementes podem matar uma criança; mais de oito, um adulto. 
Possui ainda uma potente proteína alergênica chamada CB-1A ou Albuminas 2S presente nas sementes e no pólen. 
Um terceiro componente ativo na mamoneira é a ricinina (não confundir com ricina).

Mamona - cuidado com a semente

Bico-de-Papagaio (Euphorbia pulcherrima)

A poinsétia, também designada pelos nomes de Bico-de-Papagaio, rabo-de-arara e papagaio (no Brasil), cardeal, flor-do-natal, ou estrela-do-natal é uma planta originária do México, onde é espontânea. 
O seu nome científico é Euphorbia pulcherrima, que significa “a mais bela (pulcherrima) das eufórbias”.
É uma planta muito utilizada para fins decorativos, especialmente na época do Natal, devido às suas folhas semelhantes a pétalas de flores vermelhas. 
Como é uma planta de dia curto, floresce exatamente no solstício de Inverno que coincide com o Natal (no hemisfério norte – o que explicaria porque essa planta não é tão identificada com o Natal no Brasil).
A seiva leitosa da planta, constituída por um tipo de látex irritante, em contato com a pele e mucosas provoca inflamações, dor e comichão, podendo causar também irritação nos olhos, lacrimejamento, inchaço das pálpebras e dificuldades na visão. 
A sua ingestão pode causar náuseas, vômitos e diarreia.

Copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica)

É tóxica, devido à presença de oxalato de cálcio, ingerida pode provocar asfixia, em contato com os olhos, lesão na córnea. O copo-de-leite é muito vendido em floriculturas, e apreciado em jardins.

Lantana camará (L. Camara)

Conhecida popularmente como camará, cambará, camará-de-cheiro, camará-de-espinho, cambará-vermelho, é um arbusto ornamental, é reconhecidamente tóxica, e a ingestão de quantidades aproximadas de 40g/kg de peso animal, em dose única, pode levar a morte.
Outra variedade da Camará

Espirradeira (Nerium oleander)

Também conhecido como oleandro, loendro, aloendro, loandro-da-índia,  flor-de-são-josé, é uma planta ornamental.
Toda a planta é tóxica, tem como princípios ativos a oleandrina e a neriantina. 
Basta que seja ingerida uma folha para matar uma pessoa, no entanto, muitas vezes a ocorrência de vômitos evita a morte.
Os sintomas da intoxicação, que podem aparecer várias horas depois da ingestão, são dores abdominais, pulsação acelerada, diarréia, vertigem, sonolência, dispnéia, irritação da boca, náusea, vômitos, coma e morte.

Avelós (Euphorbia tirucalli) 

Popularmente conhecido como pau-pelado, homem-nu, coroa-de-cristo, produz uma seiva tóxica e cáustica, capaz de cegar.
Em contato com a pele causa queimaduras graves, se engolir a seiva e tiver a ingestão, o indivíduo deve procurar assistência médica.

Alamanda (Allamanda cathartica L.)

Também conhecida como dedal-de-dama é uma planta tóxica ornamental; ingestões acidentais acarretam distúrbios gastrintestinais intensos caracterizados por náuseas, vômitos, cólicas abdominais e diarréia, causados pela presença de saponinas.
Alamanda azul

Cinamomo (Melia azedarach)

Ou amargozeira, está na alta toxicidade de suas folhas e frutos. 
Devido à presença de saponinas e alcalóides neurotóxicos (azaridina), todas as suas partes quando ingeridas podem causar aumento da salivação, náuseas, vômitos, cólicas abdominais, diarreia intensa; em casos graves, pode ocorrer depressão do sistema nervoso central.
O maior cuidado deve ser tomado com os frutos, pois são atrativas especialmente para crianças.

Coroa-de-cristo (Euphorbia milii)

Arbusto muito difundido no Brasil, onde é utilizado como planta ornamental e como proteção em cercas vivas.
Também é conhecida como colchão-de-noiva, dois-irmãos, bem-casados, coroa-de-espinhos, martírios, duas-amigas, coroa-de-nossa-senhora e dois-amigos.
Possui látex cáustico e irritante, que pode afetar as mucosas nasal, oral e ocular.
Quando entra em contato com os olhos ocasiona conjuntivite podendo causar lesões mais graves levando a perfuração da córnea e cegueira.
O contato com a pele pode causar queimaduras, e a formação de vesículas e pústulas.
E o contato com a mucosa oral ou no caso de mastigação e ingestão pode provocar salivação, náuseas, vômitos e até diarreia.





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