São parques e florestas, povoados e pequenas cidades entre 100km e pouco
mais de 300km. Esses lugares reservam aos visitantes experiências únicas,
seja no litoral, seja na serra.
Escolhemos aqui 8 lugares para você
acampar no Rio de Janeiro, nem tanto badalados assim. e "alguns" bem poucos conhecidos.
E para os amantes do camping selvagem, há sempre boas vibrações.
Praia do Sono
O sugestivo nome faz alusão a paz e tranquilidade.
Cercada por montanhas de mata virgem, o sol demora a aparecer de manhã e
se põe cedo à tarde, proporcionando muitas horas de sono.
Porém, para chegar neste pequeno paraíso, é preciso certo esforço: uma
trilha de cerca de uma hora de caminhada.
A Praia do Sono é uma joia encravada na Mata Atlântica. Está dentro da
Área de Proteção Ambiental do Cairuçu, cerca de 25km de Paraty. Rústica ao
extremo, não há comércio nem estrutura turística regular.
Apenas moradores nativos, os caiçaras, que oferecem alimentação e seus quintais para armar a barraca.
Não há só o mar para curtir.
No meio da praia há uma trilha que leva a piscinas naturais de água doce
formadas por um córrego, onde também há uma cachoeira.
No canto da praia, uma trilha de dificuldade extrema leva a duas outras
praias, Antigos e Artiguinhos. Essas sim, completamente selvagens.
Trindade
Localizada na mesma região da Praia do Sono, também na APA do Cairuçu, a
vila de Trindade é a solução para as pessoas que necessitam de um mínimo
de estrutura que uma pequena cidade oferece para
acampar no Rio de Janeiro, como, por exemplo, quem acampa com
crianças.
Trindade é um distrito de Paraty, distante 30km do centro, com fácil
acesso inclusive por transporte público.
Trindade, assim como diversas outros povoamentos de moradores nativos no
sul do estado, já passou e ainda passa por inúmeras disputas.
São conflitos contra grandes empresas por posses de terra e especulação
imobiliária voltada para empreendimentos de luxo.
Mas os moradores permanecem unidos em defesa da cultura caiçara e
preservação da natureza.
A vila oferece diversas opções de praias: Brava, do Meio, dos Ranchos, entre outras. A Piscina Natural do Cachadaço é ponto obrigatório de mergulho para iniciantes.
A vila oferece diversas opções de praias: Brava, do Meio, dos Ranchos, entre outras. A Piscina Natural do Cachadaço é ponto obrigatório de mergulho para iniciantes.
Um lugar bom para conversar com moradores e armar sua barraca.
Para quem gosta de cachoeiras, a oferta também é variada.
E há ainda a famosa "pedra de engole"! Se trata de um "buraco" entre as
pedras pelo qual passa o curso d'água, onde o aventureiro mergulha para
emergir do outro lado.
Ilha Grande
Durante muitas décadas, este paraíso permaneceu intocado. Até que, nos anos 1990, após a desativação e implosão do famigerado Presídio da Ilha Grande, suas diversas trilhas e praias foram desbravadas.
A porta de entrada da Ilha Grande é a Vila do Abraão.
Aí está localizado o principal cais de atracação das Barcas que fazem a
travessia a partir das cidades de Mangaratiba e Angra do Reis, além das
diversas embarcações que servem ao turismo. É no Abrão que pode ser
encontrada a maioria dos campings da ilha.
Assim como serviços básicos de comércio e infraestrutura. Também é
possível encontrar campings nas praias de Palmas, Parnaioca e
Aventureiro.
Uma informação importante: visando a preservação do meio ambiente, é
proibido acampar fora dos campings devidamente legalizados.
Para quem tem disposição, o maior feito dos aventureiros de plantão é dar a volta na ilha por suas diversas trilhas. Essa atividade que não leva menos de uma semana de intensas caminhadas.
Para quem tem disposição, o maior feito dos aventureiros de plantão é dar a volta na ilha por suas diversas trilhas. Essa atividade que não leva menos de uma semana de intensas caminhadas.
Nesse caso, nas vilas menores e pequenos povoados, é possível
acampar no quintal dos moradores sem nenhum problema.
Maromba
Subindo a serra, ainda ao sul do estado, a vila de Maromba compõe, com
sua vila "irmã" Maringá, uma microrregião repleta de Mata Atlântica no
Parque Nacional do Itatiaia.
As duas vilas são cortadas pelo rio Maromba, que divide os estados do Rio
de Janeiro e Minas Gerais e três cidades: Itatiaia e Resende pelo lado
fluminense, e Bocaina de Minas, pelo mineiro.
Enquanto Maringá possui uma infraestrutura turística mais sofisticada,
com lojas, restaurantes e pousadas, Maromba é mais roots e é onde está
localizada a maioria dos lugares para acampar da região.
As cachoeiras são o principal atrativo de Maromba e a mais famosa delas, a do Escorrega, é obrigatória. À noite, na praça da vila, há bares, forró e reggae, artesanato e malucos de estrada para bater um papo.
Lumiar
Lumiar é um distrito da cidade de Nova Friburgo. É famosa por suas
confecções de roupas íntimas, distante pouco mais de 150km do
Rio.
Ela tem um aspecto mais urbano, com comércio e serviços de cidade
pequena, e pode ser considerada o centro de uma região que conta ainda com
as vilas de São Pedro da Serra e Boa Esperança.
O acesso é fácil por estrada pavimentada e transporte
público.
As principais atrações são as cachoeiras Indiana Jones e São José e os
poços: Feio, Verde e Toca da Onça. Descendo pela estrada Serra-Mar,
chega-se ao Encontro dos Rios, ponto de prática de rafting.
À noite, os bares mais movimentados são os de São Pedro, 6km estrada
acima.
Uma boa pedida para acampar é o camping do seu Artur, praticamente selvagem. Ele é um morador local que abre as portas de seu quintal para os viajantes e está sempre disposto a um pouco de prosa.
Trata-se também de uma figura singular, com extensa barba e cabelos brancos
que não são cortados há muitos anos, e chegam quase a tocar o chão.
O fato é que a ocupação da região remonta ao século XIX, quando foi colonizado por suíços, e o nome Sana é considerado uma corruptela de Sarine, nome do rio que corta a cidade de Fribourg, na Suíça.
O Sana é uma área de proteção ambiental e, por isso, há certas regras para visitar suas inúmeras cachoeiras e só é permitido acampar nos campings legalizados, mas isso também foge a regra, em alguns lugares mais remotos pode-se armar a barraca.
Sana
Diz a lenda que, lá pela década de 1970, quando os hippies descobriram o
lugar, Raul Seixas se inspirou no nome Sana para batizar a sua "Sociedade
Alternativa Nova Aeon (S.A.N.A.).
Outra versão diz exatamente o contrário: que a vila foi batizada pelo
próprio Raulzito, que teria criado a sociedade alternativa
ali.
O fato é que a ocupação da região remonta ao século XIX, quando foi colonizado por suíços, e o nome Sana é considerado uma corruptela de Sarine, nome do rio que corta a cidade de Fribourg, na Suíça.
O Sana é uma área de proteção ambiental e, por isso, há certas regras para visitar suas inúmeras cachoeiras e só é permitido acampar nos campings legalizados, mas isso também foge a regra, em alguns lugares mais remotos pode-se armar a barraca.
Opções não faltam, tanto perto da praça principal quanto em ruas e
estradas mais afastadas. Com a orientação de um guia, é possível visitar o
pico Peito do Pombo, principal ponto turístico da região. A cultura de
Sana também se destaca.
Na praça, aos fins de semana, funciona uma feira de arte e artesanato com
o melhor da produção local. E na área da música, vem de lá uma das bandas
mais cultuadas no meio "roots": Raiz do Sana.
Aldeia Velha
Também conhecido como Quartéis, este pequeno povoado está localizado aos
pés da Serra do Mar, é cercado por fazendas de gado e áreas de preservação
ambiental da Mata Atlântica, sendo considerado o principal território de
proteção dos ameaçados micos-leões-dourados.
Possui infraestrutura bem rudimentar, com uma única rua com pequeno
comércio.
Pelas redondezas é possível tomar banho de rio, distante 4km do centro
fica a cachoeira das Andorinhas, bastante procurada para a prática de
rapel e frequentada pelos corajosos que adoram pular das pedras em seu
poço.
A mesma estrada que leva à cachoeira é muito procurada por praticantes de trekking (três horas de caminhada até o topo da serra), motocross e jipeiros. Subindo por ela, é possível chegar à Toca da Onça e ao Encontro dos Rios, na região de Lumiar.
Saquarema
Desbravada nos anos 1970, a cidade é mundialmente conhecida pela
qualidade de suas ondas, tornando-a um paraíso para surfistas.
Porém, apesar de ser uma cidade relativamente movimentada, ainda hoje não
perdeu ares de cidade pequena, sendo frequentada por todas as
tribos.
O pico do surfe é a praia de Itaúna, onde, de vez em quando, ocorrem competições de nível internacional.
Mesmo nos dias de mar baixo, vale a pena ficar por ali até o sol se pôr,
depois de acampado, pois não existe campings nesta região.
À noite a igreja da cidade, em cima de uma pedra à beira-mar, fica
completamente iluminada, tornando-se um verdadeiro cartão-postal.
Atenção: O blog Camping Selvagem não se responsabiliza por alterações realizadas pelos estabelecimentos (infraestrutura, roteiro, etc.) após o fechamento desta postagem.
Atenção: O blog Camping Selvagem não se responsabiliza por alterações realizadas pelos estabelecimentos (infraestrutura, roteiro, etc.) após o fechamento desta postagem.
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